quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Matéria da Semana | Por Fahid Bitar

Lixo Urbano: Alguém Está Preocupado?
Uma pessoa produz em média 1,3 kg de detritos por dia, e se já é difícil processar todo o lixo urbano contando com a colaboração dos cidadãos e do governo, imagine então quando nenhum dos lados coopera. Munícipes se livram do que não querem mais pelas ruas e córregos, além de colocar os sacos na calçada fora do horário de coleta. A prefeitura, por sua vez, não oferece alternativa a quem sai de casa muito antes da hora da coleta. Falta fiscalização no descarte de entulho e no término das feiras livres, cuja demora atrasa a limpeza das ruas onde funcionam. O resultado: sujeira (e doenças) para todo lado! Em uma cidade como Jaguarão, onde são cerca de 36 mil quilos diários, a situação fica pior ainda na época de chuvas. Em questão de minutos surgem centenas de pontos de alagamentos e a água traz de volta toda a sujeira despejada nos rios e córregos. À medida que a água baixa, a imundice seca nos canteiros e calçadas, ficando evidente que tratamos o nosso lixo de maneira ineficaz e até com certo descaso.
Quando o lixo urbano é recolhido comumente pode ter três destinos, o aterro sanitário, a incineração ou em uma unidade de reciclagem. No aterro todo conteúdo é despejado em um grande espaço, esperando a decomposição no solo. Como não exige cuidados especiais e nem gera muitos gastos, é a forma mais usada para esgotar os resíduos gerados pelas metrópoles. No entanto, alguns componentes demoram mais de um século para se decompor e, desse modo, a sujeira só vai acumulando através do tempo. O lixo tóxico, que não pode ser jogado a céu aberto, tem como destino as unidades de incineração, onde o material é queimado e, depois de passar por alguns filtros, é liberado no ambiente. Já nas unidades de reciclagem, as embalagens de papel e afins são reaproveitadas em um processo de limpeza e reestruturação. As caixas de leite, por exemplo, têm as camadas de papel e alumínio separadas.
A produção de lixo urbano é inevitável, mas o comportamento da sociedade é que fará a diferença nesse sentido. Para diminuirmos a quantidade de lixo não basta apenas produzirmos menos dejetos, devemos também praticar a reciclagem, consumir os produtos de modo consciente, fazer uso dos processos de reaproveitamento e, acima de tudo, termos consciência da importância das nossas atitudes. Caso contrário, em pouco tempo não existirá mais espaço para a humanidade, serão apenas pilhas e pilhas de lixo.
Soluções para o lixo urbano:

1 – Diminuir a geração de lixo;


2 – Aumentar a coleta seletiva, através de pontos de entrega voluntária, campanhas de conscientização, coleta porta a porta;

3 – Incentivos fiscais para empresas que comercializarem produtos com menos embalagens, e/ou embalagens 100% recicláveis;
 4 – Pontos de entrega voluntários para coleta do lixo eletrônico, lixo tóxico e lixo perigoso;

- As soluções tem que ser desenvolvidas e aplicadas de acordo com o porte do município, buscando otimização do gerenciamento.

“Gerenciar resíduos não se limita a tratar e dispor o lixo gerado. O enfrentamento do problema começa na concepção dos produtos que serão descartados mais tarde e na revisão da cultura da fartura e do desperdício. Enfrentar o problema exige a responsabilização dos diferentes atores, desde a indústria produtora de bens, até o consumidor final”. Revista Bio 10-12/2009

Ou seja, todos temos um papel nesta história, os consumidores, os produtores, o governo. E cabe a cada um de nós fazer nossa parte na construção de um mundo mais limpo!
 Afinal, o lixo urbano acarreta em uma série de problemas ambientais:

- entupimento de bueiros, que geram enchentes e alagamentos;

- contaminação do solo e lençol freático devido a disposição final inadequada;

- transmissão de doenças e proliferação de vetores;

- desperdício de recursos naturais.


Em Jaguarão há muitos anos enfrentamos essas dificuldades com o lixo que consumimos, gastamos demais na coleta de lixo e também no transbordo (lixo que enviamos para outra cidade).
Todo ano é sempre o mesmo problema, para a coleta por falta de dinheiro e quem paga a conta no final somos todos nós como sociedade.
Semana passada, depois da nota da Prefeitura Municipal, comunicando que a coleta iria parar, e que a culpa era da Câmara de Vereadores que não votava o projeto de alteração das rubricas do orçamento, pesquisei um pouco mais sobre o projeto e vi que muitas associações iriam ser prejudicadas, pois retiram o sustento de alguns e não tiraram de outros, acredito que o governo poderia tirar um pouco de cada associação ou organização, para que nenhuma fosse prejudicada. Não sou defensor de nenhum dos lados, tanto governo como oposição, mas o que vejo é que sempre alguns são mais privilegiados do que outros, ou tira de todos ou não tira de ninguém, e acredito que essa não é a única solução para o problema do lixo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário